segunda-feira, 29 de agosto de 2011

SER?




Hoje eu escolho não acreditar...talvez aí esteja o nada...
Escolho o cinza escuro... 
Blindado e impenetrável, lanço ao mar o que na maioria das vezes,é apenas enganoso...
Imprescindível, porém difícil, é SER...
Viver, não poucas vezes, é por demais complexo...
Existir é não compreender...



Karla Morgana




quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Encontro


Passeando num jardim, parei a admirar a luz e a beleza que me invadiu, trazendo uma sensação de céu...
Ficamos eu e o girassol...

Karla Morgana


segunda-feira, 22 de agosto de 2011

O que é precioso...




Perceber a grandeza de pequenos gestos, delicadeza e sensibilidade requer um olhar apurado que está para além...do que está posto...
Guardar o que te acrescenta e te faz florescer torna-se vital como um sorriso...
Arrumar numa caixinha azul junto com tudo o que ainda virá de bom pra te fazer crescer ainda mais...
e colocá-la no teu lugar mais especial...como numa fotografia que ao olhar...fixa-te e   renova... Prosseguir...

Karla Morgana

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Aquarela Poética


Dores de poeta

Sangram versos d' outrora

Tuas cores: mar, (a)mares, amora



Luciano Martini




quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Haverá






Beijinhos  coloridos...
Abraços derretidos...
Sorrisos de suspiro...
Olhares verdadeiros...
Mãos dadas...
Auroras..
Morada.

Eu.


terça-feira, 16 de agosto de 2011

O homem que criou asas


Era um homem, um homem comum, que um comum destino parecia controlar inteiramente. Um animal bem treinado.
Um dia, sentiu um incômodo nos dois ombros, distensão muscular, má posição no trabalho… Foi piorando e resolveu olhar-se no espelho, de lado, inteiro e nu depois do banho: não havia dúvida, duas saliências oblíquas apareciam em sua pele abaixo dos ombros. Teve medo mas decidiu não comentar com ninguém, e como não transava frequentemente com a mulher, conseguiu esconder tudo quase um mês.
Fez como via fazer sua mulher: pegou de cima da pia um espelho redondo no qual ela ajeitava o cabelo, e passou a analisar todo dia aquele fenômeno que em vez de o assustar agora o intrigava. Curioso mas sem sofrer – pois não doía -, foi observando aquilo crescer.
E pensava:
Nem adianta ir ao médico, porque se for um tumor (ou dois) tão grande, não tem mais remédio, é melhor morrer inteiro do que cortado.
Certa vez, quando se masturbava no banheiro, na hora do prazer sentiu que elas enfim se lançavam de suas costas, e viu-se enfeitado com elas, desdobradas como as asas de um cisne que apenas tivesse dormido e, acordando, se espojasse sobre as águas.
Ficou ali, nu diante do espelho, estarrecido.
Agora ele não era apenas um homem comum com contas a pagar, emprego a cumprir, família a sustentar, filhos a levar para o parque, horários a cumprir: era um homem com um encantamento.
Eram umas asas muito práticas aquelas, porque desde que usasse camisa um pouco larga acomodavam-se maravilhosamente debaixo das roupas. Em certas noites, quando todos dormiam, ela saía para o terraço, tirava a roupa e varava os ares…
Sua mulher notou alguma coisa diferente no corpo do seu marido. Estava ficando curvado, tantas horas na mesa de trabalho. Nada mais que isso. Embora a mãe lhe tivesse dito que “com homem é sempre melhor confiar desconfiando”, daquele seu homem pacato ela jamais imaginaria nada muito singular.
- Você vai acabar corcunda desse jeito, aprume-se – ela dizia no seu tom de desaprovação conjugal.
As coisa se complicaram quando, já habituado à sua nova condição, o homem-anjo olhou em torno e, sendo ainda apenas um homem com asas, sentiu-se muito só. E começou a pensar nisso. E olhou em torno e se apaixonou.
Na primeira noite com sua amante, esqueceu o problema, tirou a roupa toda, e quando ela começava a apalpar-lhes as costas o par de asas se abriu, arqueou-se unindo as pontas bem no alto por cima dele, na hora do supremo prazer.
Mas essa mulher/amante não se assustou, não se afastou.
Apertou-se mais a ele, e dizia: vem comigo, vem comigo, vem comigo.
E abriu suas asas também.
- Lya Luft in Historias do Tempo



domingo, 14 de agosto de 2011

sábado, 13 de agosto de 2011

Recife,12 de Agosto de 2011

Momento especial, lançamento do primeiro livro do meu pai...
Um trechinho


Não tenho ouro nem prata / Também não tenho dinheiro / Nada disso me falta / Quando estou no ingazeiro
Nos seus braços me aninho / Qual beija-flor desprezado / A procurar no seu ninho / Um ramo bem perfumado
Meu ingazeiro querido / Não chore se eu partir / Pois meu coração ferido / Deixará sempre aqui 
Um pouco das minhas dores / Transformado em colibri / Pra beijar tuas flores / Pra lembrar sempre de ti

Valdeci Ferraz -  Meu Pai!

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Reverberação







O destino trama os dias e desfaz o sonho:
demarca meus contornos, partes disso que sou e serei...


Quem sabe desejei demais: milagres não me bastaram,
mas quando eu quis ser rainha fui simplesmente humana.


A voz da vida insiste, chama para o que salva ou desatina:
nem sempre a entendi...


Palavras buscam sentido para o que fiz...falhei,
conquistei e perdi.
Ou que me abandonou nalguma esquina...


( talvez eu precisasse é dos silêncios)


Lya Luft

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Minha poesia


No meu  lugar mais profundo está minha poesia...
Na minha essência, na minha interioridade mais nobre...
Ela existe, pura e verdadeira...
Mesmo lutando com minhas ambiguidades e contradições, ela permanece intocável
em minha existência...ela me ensina...
É meu lugar, minha morada.
Onde  me sinto inteira...
Ela me liberta e me purifica.

Karla Morgana
  

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Aprendendo


Aprendendo... 
...a estar efetivamente sozinha
...me respeitar
...me priorizar
...me conhecer
...me amar

Descobrindo...
...meu sorriso
...meus desejos
...meus sonhos
...meus projetos

VIVENDO, SENDO...

Feliz.

Karla Morgana