sábado, 30 de julho de 2011

Estou degustando

É interessante, instigante,mas existem pessoas lindas que só conseguem ser objetos de prazer, nunca foco de desejo. As pessoas passam por elas, porém não permanecem. É a prova de que o prazer não é o suficiente para o outro querer ficar. 
O que nos faz apaixonar uns pelos outros é o desejo que somos capazes de despertar. 
Corpos perfeitos despertam prazeres, mas nem sempre despertam desejos. O desejo é que nos faz respeitar a sacralidade que há no outro. O prazer é um impulso rápido. Já o desejo é um impulso de demoras. É feito de vagarezas. 
Assim como ter que andar mil quilômetros, mas certos de que há um lugar a se chegar. A dureza da viagem e o cansaço serão sempre vencidos cada vez que o desejo for relembrado. Não haverá prazer durante todo o trajeto. Por vezes, os limites serão aflorados, mas o desejo de chegar nos manterá firmes.
 Cada vez que identificamos nossa incapacidade de manter acesa a chama dos nossos desejos, e percebemos que somos afeitos à manutenção de prazeres transitórios, revela-se diante de nossos olhos a oportunidade de romper com mais essa forma de sequestro da subjetividade, tão comum nos nossos dias.
 A mentalidade que apregoa a vida fácil, sem esforço e sem luta, é instrumento de manutenção social de pessoas apáticas e sem poder de transformação. Há uma constante socialização da ideia de que o sacrifício não deve mais fazer parte da vida humana, e que a felicidade consiste em suprimir qualquer realidade que possa nos desinstalar ou provocar sofrimento. 
Dessa perspectiva, o que resta é a infantilização cada vez mais freqüente das pessoas: o não amadurecimento, o prolongamento da adolescência e a incapacidade de viver o segundo pilar do conceito de pessoa: a disponibilidade de o outro. Vida sem sacrifício é vida anestesiada, irreal, fortemente marcada pelas estruturas romanceadas dos contos de fadas e pela visão mágica da realidade.
 Estamos diante das conseqüências do " mito do amor romântico".

Do livro quem me roubou de mim - Fábio de Melo.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Tardes frias


Nos revelam ainda mais...
mergulho gelado com sabor de azul...
espantos alegres...
eu suporto.

Karla Morgana

sábado, 23 de julho de 2011

meu...


Me deixas assim...
com um sorriso na alma...
encanta, ilumina,intriga...tamanha beleza!
Tuas cores...tua essência...
Em minha poesia, todos meus abraços são teus, só teus.

Karla Morgana

domingo, 17 de julho de 2011

VIR A SER


Eu procuro por mim.
Eu procuro por tudo o que é meu e que em mim se esconde.
Eu procuro por um saber que ainda não sei, mas de alguma forma já sabe de  mim.
Eu sou assim...
processo constante de vir a ser.
O que sou e ainda serei são verbos que se conjugam sob áurea de um mistério fascinante.
Eu me recebo de Deus e a Ele me devolvo.
Movimento que não termina porque terminar é o mesmo que deixar de ser.
Eu sou o que sou na medida em que me permito ser.
E quando não sou é porque o ser eu não soube escolher.

Fábio de Melo

sábado, 9 de julho de 2011


O tempo ensinou-me


a não acreditar de mais na morte


nem desistir da vida: cultivo


alegrias num jardim


onde estamos eu, os sonhos idos,


os velhos amores e seus segredos.


E a esperança - que rebrilha como pedrinhas de cor entre as raízes.»




Secreta Mirada, 1997


Cit. por Lya Luft, Perdas e Ganhos

domingo, 3 de julho de 2011

Bambu Chinês


Depois de plantada a semente deste incrível arbusto, não se vê nada, por aproximadamente cinco anos exceto lento desabrochar de um diminuto broto, a partir do bulbo.
Durante cinco anos, todo o crescimento é subterrâneo, invisível a olho nu, mas uma maciça e fibrosa estrutura de raiz, que se estende vertical e horizontalmente pela terra está sendo construída.
Então, no final do quinto ano, o bambu chinês, cresce até atingir a altura de vinte e cinco metros.
Um escritor de nome Covey escreveu: Muitas coisas na vida pessoal e profissional são iguais ao bambu chinês.
Você trabalha, investe tempo, esforço, faz tudo o que pode para nutrir seu crescimento, e, às vezes não vê nada por semanas, meses, ou anos.
Mas se tiver paciência para continuar trabalhando, persistindo e nutrindo, o seu quinto ano chegará, e, com ele, virão um crescimento e mudanças que você jamais esperava.
O bambu chinês nos ensina que não devemos facilmente desistir de nossos projetos, de nossos sonhos, de nosso trabalho, especialmente de um projeto fabuloso, que envolve mudanças... de comportamento, de pensamento, de cultura e de sensibilização, devemos sempre lembrar do bambu chinês, para não desistirmos facilmente diante das dificuldades que surgirão.
Procure cultivar sempre dois bons hábitos em sua vida: a Persistência e Paciência, pois você merece alcançar todos os seus sonhos!

É preciso muita fibra para chegar às alturas e, ao mesmo tempo, muita flexibilidade para se curvar ao chão.

Autor desconhecido